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Jacinta Marto

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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Papa explica significado do Tríduo Pascal


— O critério que guiou cada escolha de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, e ser-Lhe fiel. Essa decisão de corresponder ao seu amor o levou a abraçar, em cada circunstância, o projeto do Pai. No reviver o santo Tríduo, disponhamo-nos a acolher, também nós, na nossa vida, a vontade de Deus, conscientes de que, na vontade de Deus, também se parece dura, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida, destacou o Papa Bento XVI ao sentido do Tríduo Pascal, que começa na Quinta-feira Santa e vai até o Sábado Santo.

O Pontífice exortou os fiéis reunidos na Praça de São Pedro a acolher o mistério da Salvação, operada por Cristo, e a participar intensamente do Tríduo, buscando o recolhimento e a oração, de forma a alcançar mais profundamente a fonte de graça que é esse período para a vida de cada cristão.

Sobre o episódio em que Jesus dirige-se ao Horto das Oliveiras para rezar com o Pai e pede para que os discípulos Pedro, Tiago e João vigiem com ele - os três adormecem e não atendem ao pedido do Senhor -, recordado na Adoração da Quinta-feira Santa, o Papa explicou:

— É uma mensagem permanente para todos os tempos, porque a sonolência dos discípulos era não somente o problema daquele momento, mas é o problema de toda a história. A questão está em que consiste essa sonolência, em que consistiria a vigilância à qual o Senhor nos convida. Diria que a sonolência dos discípulos ao longo da história é uma certa insensibilidade da alma frente ao poder do mal, uma insensibilidade por todo o mal do mundo. É insensibilidade por Deus: essa é a nossa verdadeira sonolência; essa insensibilidade pela presença de Deus que nos torna insensíveis também para o mal. Não ouvimos Deus – nos perturbaria – e assim não ouvimos, naturalmente, também a força do mal e permanecemos sobre a estrada da nossa comodidade. A adoração noturna da Quinta-feira Santa, o ser vigilantes com o Senhor, deveria ser exatamente o momento para fazer-nos refletir sobre a sonolência dos discípulos, dos defensores de Jesus, dos apóstolos, de nós, que não vemos, não desejamos ver toda a força do mal, e que não desejamos entrar na sua paixão pelo bem, pela presença de Deus no mundo, pelo amor ao próximo e a Deus, disse.

O Papa também sublinhou que a oração do Senhor no Horto - "Não a minha vontade, mas a tua seja realizada" - indica que a vontade puramente humana do Senhor era não querer morrer, que lhe fosse afastado o cálice do sofrimento:

— E assim Jesus transforma, nessa oração, a aversão natural, a aversão contra o cálice, contra a sua missão de morrer por nós; transforma essa sua vontade natural em vontade de Deus, em um 'sim' à vontade de Deus. O homem por si só é tentado a opor-se à vontade de Deus, a ter a intenção de seguir a própria vontade, de sentir-se livre somente se é autônomo. Esse é o drama da nossa redenção, que Jesus puxa para o alto a nossa vontade, toda a nossa aversão contra a vontade de Deus e a nossa aversão contra a morte e o pecado, e a une com a vontade do Pai: 'Não a minha vontade mas a tua'. Nessa transformação do 'não' em 'sim', nessa inserção da vontade da criatura na vontade do Pai, Ele transforma a humanidade e nos redime. E convida-nos a entrar neste seu movimento: sair do nosso 'não' e entrar no 'sim' do Filho. A minha vontade existe, mas decisiva é a vontade do Pai, porque essa é a verdade e o amor. Se refletimos sobre este drama do Getsemani, podemos também ver o grande contraste entre Jesus com a angústia, com o seu sofrimento, em relação ao grande filósofo Sócrates, que permanece pacífico, sem perturbação diante da morte. E parece esse o ideal. Podemos admirar esse filósofo, mas a missão de Jesus era uma outra. A sua missão não era essa total indiferença e liberdade; a sua missão era levar em si todo o nosso sofrimento, todo o drama humano. E por isso exatamente essa humilhação do Getsemani é essencial para a missão do Homem-Deus. Ele carrega em si o nosso sofrimento, a nossa pobreza, e a transforma segundo a vontade de Deus. E assim abre as portas do céu, abre o céu, explicou.

Dia a dia

O Santo Padre explicou que a Quinta-feira Santa é o dia em que se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial.

— Na tarde da Quinta-feira Santa inicia efetivamente o Tríduo Pascal, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus instituiu o Memorial da sua Páscoa, dando cumprimento ao rito pascal hebraico. A Quinta-feira Santa, enfim, encerra-se com a Adoração eucarística, na recordação da agonia do Senhor no Horto das Oliveiras, disse.

A Sexta-feira Santa é dedicada à memória da paixão e da morte do Senhor.

— Adoraremos Cristo Crucificado, participaremos nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum. Acompanhemos, portanto, na Sexta-feira Santa, também nós, Jesus que sai ao Calvário, deixemo-nos guiar por Ele até a cruz, recebamos a oferta do seu corpo imolado, afirmou.

Já na noite do Sábado Santo, celebra-se a solene Vigília Pascal:

— Na qual nos é anunciada a ressurreição de Cristo, a sua vitória definitiva sobre a morte que nos interpela a ser n'Ele homens novos, concluiu.

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