Ajudem-nos a evangelizar.


Ajude-nos a evangelizar.

"Se os homens soubessem o que é a eternidade, fariam de tudo para mudar de vida."
Jacinta Marto

Lugar de católico é aqui.

" Senhor não permita que eu parta dessa vida, sem que eu evangelize e salve ao menos uma alma " Amém.

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sagrada Família


Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.

Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:


O exemplo de Nazaré:

Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.

João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:

A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...

A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.


Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Bento XVI: "Para encontrar Deus, é preciso descer do cavalo da razão",


O Papa Bento XVI presidiu a Santa Missa da Noite na Solenidade do Natal do Senhor neste sábado, 24. A celebração aconteceu na Basílica Vaticana, às 22h (horário de Roma - 19h no horário de Brasília).

Na homilia, o Pontífice recordou que na igreja da Natividade de Jesus, em Belém, o portal de cinco metros e meio de altura foi em grande parte tapado, restando apenas uma entrada com metro e meio de altura. Isso foi feito sobretudo com a intenção de evitar que se entrasse a cavalo na casa de Deus.

"Quem deseja entrar no lugar do nascimento de Jesus deve inclinar-se. Parece-me que nisto se encerra uma verdade mais profunda, pela qual nos queremos deixar tocar nesta noite santa: se quisermos encontrar Deus manifestado como menino, então devemos descer do cavalo da nossa razão 'iluminada'. Devemos depor as nossas falsas certezas, a nossa soberba intelectual, que nos impede de perceber a proximidade de Deus", destacou.

Nessa perspectiva, a atitude correta é daquele que se inclina, caminhar espiritualmente, por assim dizer, a pé, para poder entrar pelo portal da fé e encontrar o Deus que é diferente dos preconceitos e opiniões humanas.

A partir da palavra inicial da leitura litúrgica da Carta do Apóstolo São Paulo a Tito - apparuit - manifestou-se -, Bento XVI destacou que essa é uma palavra programática escolhida pela Igreja para exprimir, resumidamente, a essência do Natal. Na Igreja antiga, a grande alegria do Natal era exatamente afirmar que Deus se manifestou, já não é mais apenas uma ideia.

"Mas agora perguntamo-nos: Como Se manifestou? Ele verdadeiramente quem é? Deus é pura bondade. [...] 'Manifestaram-se a bondade de Deus e o seu amor pelos homens': eis a certeza nova e consoladora que nos é dada no Natal. Deus manifestou-Se... como menino. É precisamente assim que Ele Se contrapõe a toda a violência e traz uma mensagem de paz", disse.

Nesse sentido, o Natal é epifania - a manifestação de Deus e da sua grande luz num menino que nasceu para toda a humanidade.

O Bispo de Roma recordou ainda que, em 1223, Francisco de Assis celebrou em Greccio (Itália) o Natal com um boi, um jumento e uma manjedoura cheia de feno, tornando visível uma nova dimensão do mistério do Natal e iniciando a tradição do presépio.

"Tudo isto não tem nada de sentimentalismo. É precisamente na nova experiência da realidade da humanidade de Jesus que se revela o grande mistério da fé. Francisco amava Jesus menino, porque, neste ser menino, tornou-se-lhe clara a humildade de Deus. Deus tornou-Se pobre".

Por sua vez, hoje, o Natal tornou-se uma festa dos negócios que esconde o mistério da humildade de Deus, que também convida o homem à humildade e à simplicidade.

"Peçamos ao Senhor que nos ajude a alongar o olhar para além das fachadas lampejantes deste tempo a fim de podermos encontrar o menino no estábulo de Belém e, assim, descobrirmos a autêntica alegria e a verdadeira luz".

Enfim, o Bispo de Roma exortou a rezar também e sobretudo por todos aqueles que são obrigados a viver o Natal às margens da sociedade.

"Na pobreza, no sofrimento, na condição de emigrante, pedindo que se lhes manifeste a bondade de Deus no seu esplendor, que nos toque a todos, a eles e a nós, aquela bondade que Deus quis, com o nascimento de seu Filho no estábulo, trazer ao mundo".

Feliz Natal!


Que o Senhor derrame todas as bençãos e que realmente deixemos o Senhor nascer em nossos corações. Esse é o verdadeiro Natal.

Que o Senhor abençoe todos os povos. Amém.

Natal é celebrar a decisão de Deus vir morar no meio de Seu povo

Uma das maiores festas celebradas em todo o mundo é o Natal. A data comemora o nascimento de Jesus Cristo, em Belém; fato que marcou a linha do tempo com um antes e um depois. Essa festa tornou-se tradição, inspirou artistas e espalhou-se pelo mundo inteiro.

A natividade tornou-se fonte de inspiração para artistas clássicos como Michelangelo e Caravaggio, motivou São Francisco de Assis a montar o primeiro presépio vivo do mundo, contagiou escultores anônimos a prepararem presépios dos mais variados tipos e, na música, são inúmeras as canções natalinas como “Oh Holy Night”, “White Christmas” e, claro, “Noite Feliz”. No início dos anos 70, John Lennon compôs “Merry Christmas, The War is Over”, para celebrar o fim da guerra no Vietnã; até hoje a canção está presente nas comemorações natalinas.

Na atualidade, o Natal movimenta a economia, reúne famílias e amigos e desperta sentimentos nobres como a esperança, a caridade, a fé. Poetas chegam a sonhar com a possibilidade de ser Natal todo dia. Nessa data, as pessoas são capazes de promover mais momentos de alegria, abrem-se para dar e receber perdão, ficam mais sensíveis em relação aos menos favorecidos.

Recente estudo realizado pelo Centro Pew de Pesquisa, dos Estados Unidos, revelou que os cristãos representam um terço da população mundial. Isso demonstra que as tradições cristãs são capazes de atingir todas as culturas, e isso é visível nesse período natalino. Não há quem não se envolva com as luzes, o brilho, a emoção, a paz que essa festa cristã irradia.

Natal é celebrar a decisão de Deus vir morar no meio de Seu povo. O nascimento do Menino Deus aconteceu durante a “Pax Romana” (um período longo de paz e segurança no Império Romano) e demonstra que Ele é maior que os simples acordos pacifistas formalizados por líderes mundiais. Jesus é a Paz. Em Belém, Cristo assumiu nossa humanidade e quis tornar-se um de nós. Todos os dias centenas de peregrinos fazem memória do Natal naquela região da Palestina. Lá, Santas Missas são celebradas em todas as línguas e todos os dias é possível ouvir “Feliz Natal” porque Jesus continua a nascer no coração de quem se faz pequeno e acolhe a salvação.

Rodrigo Luiz @rodrigosanluiz
Missionário da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Na feliz expectativa!


Já estamos no clima das festividades do fim de ano e, para nós cristãos renova-se o convite para um propósito profundo de estabelecer uma atmosfera de alegre expectativa para o dia do Natal, quando comemoramos o nascimento de Jesus. Quanto mais longe ficamos da data do nascimento do Cristo, tanto mais próximos estamos de Sua segunda vinda.

“Eis que estou convosco até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Esta é a grande promessa de Jesus para todos os que creem n’Ele, a qual nos enche de esperança, confiança e certeza de que jamais seremos abandonados por Ele.

Para nossa alegria, Deus se fez pessoa humana como nós. Ele veio a este mundo: céu e terra se tocaram, como é confirmado pelas Sagradas Escrituras: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho nascido de mulher para que todos recebessem a filiação adotiva” (Gal 4-5).

Em meio à simplicidade de uma manjedoura, na cidade de Belém – na Terra Santa – o Amor nasceu no seio da Virgem Maria. Tornou-se um de nós para nos salvar, amar e ser amado. Com o coro dos anjos cantando: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado” (Lc 2, 14), ali se fez Natal para todos.

Por um anjo, aos pastores foi dito: “Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todos. Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!” (Lc 2, 10-11).

O Senhor Jesus continua a nascer nos corações que se abrem à presença d’Ele. Contou-me alguém, que esteve na Alemanha, que nesta época, antecedendo o Natal, é um costume cristão as pessoas terem em suas casas um calendário festivo contendo janelinhas a serem abertas em cada dia, até o dia 25. Cada pessoa recebe um pequeno presente quando abre uma janelinha, cultivando assim, em seu coração, a fraterna e alegre expectativa do Natal, que se aproxima com o nascimento de Cristo. Assim também deve ser conosco, pois Jesus é o melhor presente que alguém pode receber e oferecer aos outros.

Ainda estamos no tempo do Advento, por isso, aproveitemos para deixar crescer no nosso coração a feliz expectativa da vinda de Jesus. Clamemos junto com toda a Igreja: Maranathá! Vem, Senhor Jesus!

Que na noite de Natal, em família, possamos fazer esta oração unidos ao nosso Papa: “Jesus Cristo, vós que nascestes em Belém, nesta Noite Santa, vinde a nós! Entrai em mim, na minha alma. Transformai-me. Renovai-me. Fazei que eu e todos nós nos tornemos pessoas vivas, nas quais se torna presente o vosso Amor e o mundo é transformado”.

Feliz Natal, porque Natal feliz é Natal com Cristo!

Luzia Santiago

domingo, 18 de dezembro de 2011

Folia com o Cristo 2012


A 5ª Edição do bloco católico Folia com Cristo acontecerá no dia 05/02/2012 na Avenida Presidente Vargas, Centro do Rio de Janeiro. O bloco, que nasceu em 2008 na Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santo Antônio de Lisboa, no bairro da Taquara em Jacarepaguá foi criado por um grupo de jovens com o aval do Padre Renato Martins, que teve a idéia de evangelizar as pessoas através do carnaval que é uma das festas mais populares do Brasil.

A idéia que começou como uma brincadeira, hoje já entra no calendário como um dos blocos de rua mais esperados pelos foliões do Rio de Janeiro. O sucesso foi tão grande que o bairro da Taquara já não suporta mais a multidão que o bloco arrasta e depois de passar pela Estrada Intendente Magalhães em 2011, o Folia com Cristo desfilará em 2012 na Avenida Presidente Vargas, no coração do Rio de Janeiro, uma das mais importantes da cidade.

Em 2011 cerca de 22 mil pessoas seguiram atrás do bloco na Intendente Magalhães, mas em 2012 a estimativa é que mais de 50 mil pessoas prestigiem esse grande evento da igreja católica do Rio de Janeiro, que é carinhosamente chamado pelo padre Renato Martins, um dos fundadores como a maior "Micareta Católica" do Rio de Janeiro e uma das maiores do Brasil.

Com o anúncio da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em 2013 no Rio de Janeiro a expectativa da Folia com Cristo 2012 é muito grande devido a exposição internacional que o evento terá nessa 5ª edição, que tem como tema " O espírito Santo cura e liberta ".

Estaremos de braços abertos esperando por todos, católicos ou não, pois pra Deus somos todos irmãos e a intenção do bloco é evangelizar e provar que podemos nos divertir de uma maneira diferente sem drogas e violência, mas com muita paz e alegria, pois é esse o verdadeiro sentido do Folia com Cristo.

Compre já o seu abadá, informações pelo telefone da secretaria da Paróquia N.S Fatima e Sto. antônio de Lisboa, (021) 2423-4071 / (021) 2423-5414 ou pelo site: http://rosariodefatima.org.br

Estamos a disposição para qualquer dúvida, crítica ou sugestão. Mande o seu comentário e teremos o prazer de postá-lo aqui.

Qual o melhor presente de Natal para mim?


Natal é um tempo maravilhoso, nunca vi ninguém dizendo que não gosta dessa festa. As razões podem ser diferentes, podem até não acreditar no Natal, porém, todos gostam deste tempo devido aos presentes, às festas, às comidas gostosas que saboreamos nessa época, aos encontros, reencontros e reconciliações, àquela folga merecida, à viagem com a família para rever os parentes ou às tão sonhadas e esperadas promoções natalinas.

Muitos chegam a dizer: “Quem dera se o ano todo fosse Natal...” Enfim, muitos são os motivos que nos fazem crer que o Natal é um tempo de expectativa, indica algo novo que vai acontecer, algo que vamos receber e que virá ao nosso encontro.

Mas qual é a novidade pela qual esperamos? Qual é o presente que queremos ter? Ganhar um tablet, um smartphone, um carro, um aumento salarial, uma viagem para o exterior; tudo isso não seria nada mau.

Mal começo a sonhar no presente que gostaria de ganhar e a imaginação já me leva a me recordar dos presentes que ganhei quando criança.

Recordo-me das noites mal dormidas na véspera do Natal, quando perdia o sono na ansiedade de ganhar um presente, acordava correndo para ver se o “Papai Noel” tinha passado, e quando via o presente, logo o desembrulhava. Algumas vezes, frustrei-me; outras, a “alegria” logo tomou conta de mim.

Sentia-me imensamente “feliz” quando o objeto escondido sob aquele papel colorido era o mesmo pelo qual tanto havia esperado. Parecia que aquele simples embrulho trazia o meu tudo, o sentido da minha vida... Lembro-me da primeira bicicleta, da bola de couro, do videogame do Mario Bros, da camisa da seleção...

Logo que comecei a me recordar disso tudo, pensei: Onde está tudo isso? Onde está aquela bicicleta que era como minhas asas, sentia-me livre em cima dela. Onde estão a bola, a chuteira e a camisa da seleção, que faziam com que eu me sentisse o melhor jogador do mundo? Onde está aquilo que era o meu tudo? Certamente todos os meus presentes de criança, como a bicicleta, a bola e a chuteira já foram reciclados.

Parei e pensei: Onde estão os meus sonhos? Onde tenho procurado e esperado minha felicidade? Onde está o meu Natal?

Já não sou uma criança, minha felicidade não está escondida sob um embrulho colorido. Todos aqueles presentes já se foram, e sinceramente eles não eram tudo isso que eu esperava; não foram capazes de me deixar eternamente “feliz”. Neles não estava escondido o sentido da minha vida. Eram apenas presentes.

Na maturidade de homem, lembro-me do verdadeiro Presente, que sempre esteve comigo, este tão antigo e tão novo, tão vivo e real, não escondido sob qualquer papel, mas sim sob o Véu do Sacramento.

Santo Presente que nos foi dado por amor do Pai, que O enviou para ser o centro de tudo em nossa vida.

Sublime Presente, nascido humilde e pequeno na manjedoura em Belém, porém, tão nobre e santo, presenteado pelos Reis Magos com ouro, incenso e mirra. Ele mesmo se faz o maior Presente, o verdadeiro Presente dado a todos nós.

Eterno Presente, centro de tudo, alegria verdadeira, razão única da expectativa e das maravilhas do Natal. Ora, este é o melhor Presente de Natal para mim! Jamais envelhece, jamais estraga, nunca passa.

De que valem todos os outros presentes se eu posso ter e tenho o Santo Presente, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1,14).

Parei e rezei cheio de gratidão. Obrigado, Senhor, Presente Verdadeiro, sublime amor que vem a nós! Recebê-Lo em minha vida é o melhor Presente para mim.

Ricardo Gaiotti (@RicardoGaiotti)
Missionário da Canção Nova

4º Domingo do Advento - Evangelho (Lucas 1,26-38)

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”
35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”.
38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”
E o anjo retirou-se.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Nossa Senhora de Guadalupe - 12/12


Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).

Nossa Senhora disse então a Juan Diego para que fosse até o Bispo, pedindo que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O Bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Foi quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente: "Escute, meu filho, não há nada que temer, não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao Bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é meu embaixador e merece a minha confiança. Quando chegar diante dele, desdobre a sua "tilma" (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém, só em sua presença. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omita..."

O Bispo viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego fora visitar o seu tio, que sadio narrou: "Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou a mim. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de 'Santa Maria de Guadalupe', embora não tenha explicado o porquê". Diante de tudo isso muitos se converteram e o Santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já dura há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Pois nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do Bispo e do intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Disse o Papa Bento XIV, em 1754: "Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros... uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja... Deus não agiu assim com nenhuma outra nação".

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada "Padroeira de toda a América" pelo Papa Pio XII a 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou à Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.


Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Papa explica como não se distrair com consumismo no Natal


Neste tempo de Natal, tudo a nossa volta propõe uma uma mensagem de natureza comercial, mas o cristão é convidado a viver o Advento sem deixar-se distrair pelas luzes, mas sabendo dar o valor correto às coisas, fixando seu olhar interior sob Cristo. "Se, de fato, perseveramos 'vigiantes na oração e exultantes na glória' os nossos olhos serão capazes de reconhecer Nele a verdadeira luz do mundo, que vem clarear as nossas trevas”, salientou o Papa Bento XVI na recitação do Angelus desse domingo, 11.

Depois de visitar a paróquia Santa Maria das Graças, na zona norte de Roma (Itália), falou aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

“A vigília de coração, que o cristão é chamado a exercitar sempre, na vida de todos os dias, caracteriza de modo particular este tempo no qual nos preparamos com alegria para o mistério do Natal”, explicou o Santo Padre.

O Pontífice ressaltou que a verdadeira alegria não é fruto do divertimento que deixa de lado os deveres da vida e as responsabilidades. A verdadeira alegria está ligada a algo mais profundo. Claro que em meio ao cotidiano, muitas vezes vivido num ritmo frenético, é importante encontrar espaço para um tempo de descanso, para distração, mas a alegria verdadeira está ligada a um relacionamento com Deus.

“Quem encontrou Cristo na própria vida experimenta no coração uma serenidade e uma alegria que ninguém e nenhuma situação pode tirar”, enfatizou.

O Papa lembrou das palavras de Santo Agostinho que expressou isso muito bem essa busca pela verdade, pela paz e pela alegria. Depois de ter buscado em vão em muitas coisas, Santo Agostinho conclui que o coração do homem é inquieto, não encontra serenidade e paz até que repousa em Deus.

“A verdadeira alegria não é simplesmente um estado de animo passageiro, nem qualquer coisa que se consegue com os próprios esforços, mas é um dom, nasce do encontro com a pessoa vida de Jesus, ao dar espaço a Ele em nós, ao acolher o Espírito Santo que guia nossa vida”, afirma.

Natal do Menino Jesus

Entre os peregrinos estavam as crianças do Centro Oradores Romanos trazendo suas imagens do Menino Jesus para receber a benção do Papa. Depois da recitação do Angelus, o Papa sauou-as dizendo: “Queridas crianças, quando rezarem diante do vosso presépio, lembrem-se de mim, como eu me recordo de você. Agradeço-vos e bom natal!”

Fonte: cancaonova.com

3º Domingo do Advento - Evangelho (João 1,6-8.19-28)

6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio dar testemunho da luz.
19Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?”
20João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”.
21Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”.
22Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos de levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?”
23João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías.
24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?”
26João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.
28Isto aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

É possível ser honesto?


Definida pelo ato ou efeito de corromper, decompor, a corrupção está a cada dia mais comum, ligada à figura da devassidão, depravação e perversão. Ela possui a capacidade de trazer à tona aquilo que há de mais sujo no homem. E o pior: ela está presente em todos os lugares, independentemente de classes sociais e padrões econômicos.

A corrupção destrói os relacionamentos sociais, familiares, religiosos, políticos. Destruindo o próprio homem, que foi criado para a comunhão com os outros, fazendo destes vítimas, pois, na busca de vias desonestas, o homem corrupto acaba por decompor a si mesmo, assim como seus relacionamentos e identidade. É semelhante ao mito de Narciso, que, apaixonado por si mesmo e sua imagem, acaba morrendo afogado no lago.

Essa prática é devastadora, causa estragos profundos nos homens e na comunidade política, macula a possibilidade de os homens serem inteiros, rompe o vínculo da comunhão e confiança, conduzindo-os à situação fedida da putrefação. E priva a comunidade política de exercer sua função vital, que é servir aos homens, em vista do bem comum.

Por isso, há hoje em dia uma descrença na verdade, muitos estão desanimados, não acreditando na honestidade como padrão de comportamento moral, pois os honestos, inúmeras vezes, têm sido criticados por não entrar nos “esquemas”, se autoidentificando como seres em extinção. Por outro lado, não são poucos aqueles que se orgulham do famoso “jeitinho brasileiro”, divulgam as suas façanhas, e ainda por cima, parecem que sempre se dão bem.

Não foi por acaso que o beato João Paulo II, em seu discurso aos leigos, em Campo Grande no Brasil, exortou os cristãos a não se deixarem abalar pelo temor de que a fidelidade aos princípios éticos os coloca em situação de desvantagem, num ambiente em que não raro a lei moral é desprezada e grande é a corrupção. O Santo Padre afirmou: "Mesmo que às vezes aquele que faz a opção pelo Evangelho pareça ficar em situação de inferioridade, é preciso ter a coragem de dar, em todo o momento, um testemunho ético nítido e inequívoco, deste modo estareis amando a Deus e estareis servindo o Brasil".

Portanto, não é somente possível ser honesto mas necessário, pois o verdadeiro testemunho ético constrói laços incorruptíveis, e estes se tornam meios eficazes de santificação e, consequentemente, fermento de transformação da sociedade. Assim, o homem é chamado a ser inteiro e autêntico, rompendo com toda a decomposição gerada pela corrupção. Unido a Cristo – o homem honesto por essência, torna-se testemunha autêntica do Evangelho em razão de sua incorruptibilidade.

Ricardo Gaiotti
Missionário da Canção Nova

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nossa Senhora da Imaculada Conceição


Mais do que memória ou festa de um dos santos de Deus, neste dia estamos solenemente comemorando a Imaculada Conceição de Nossa Senhora, a Rainha de todos os santos.

Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.

A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant'Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".

No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: "Maria isenta do pecado original".

A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: "Eu Sou a Imaculada Conceição".

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

Dogmas marianos: conheça as verdades de fé sobre Nossa Senhora


A Igreja possui uma série de verdades de fé, conhecidas como dogmas, em que os católicos devem crer. No total, são 44 dogmas subdivididos em 8 categorias diferentes - sobre Deus; sobre Jesus Cristo; sobre a criação do mundo; sobre o ser humano; sobre o Papa e a Igreja; sobre os sacramentos; sobre as últimas coisas; sobre Maria.

Segundo o doutorando em Mariologia pela Universidade Católica de Dayton (EUA) e membro do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, Alexandre Awi de Mello, os dogmas na Igreja são verdades salvíficas. "Muitas vezes utiliza-se a palavra dogma como se fosse algo pesado, difícil, mas, na realidade, é uma grande bênção, um presente. São verdades da fé em que cremos e que a Igreja sente necessidade de esclarecer. São verdades que trazem salvação e mensagem de esperança", salienta.

Os dogmas marianos são alguns dos que levantam as discussões mais acaloradas. Eles são quatro:

- Maria, Mãe de Deus

Maria é verdadeiramente Mãe do Deus encarnado, Jesus Cristo. Já nos primeiros três séculos, os Padres da Igreja utilizaram as definições Mater Dei (em latim) ou Theotókos (em grego), que significam Mãe de Deus, tais como Inácio (107), Orígenes (254), Atanásio (330) e João Crisóstomo (400). Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Terceiro Concílio Ecumênico, realizado em Éfeso, em 431.

"Jesus é plenamente homem e plenamente Deus. Maria foi Mãe deste Deus feito homem, que é Jesus; assim, Maria é Mãe de Deus. É uma realidade que dá fundamento a todas as outras. É uma verdade, em primeiro lugar, sobre Cristo, pois é preciso afirmar que Jesus é verdadeiramente Deus para que possamos falar que Maria é Mãe de Deus", explica padre Alexandre.


- Perpétua Virgindade de Maria

Ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. É o dogma mariano mais antigo das Igrejas Católica e Oriental Ortodoxa, afirmando a "real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz o Filho de Deus feito homem" (Catecismo da Igreja Católica, 499). Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Concílio de Trento, em 1555, embora já fosse um dogma no cristianismo primitivo, como indicam escritos de São Justino Mártir e Orígenes.

"É uma crença que já está na sagrada Escritura e defende que Maria concebeu Jesus virginalmente, deu à luz virginalmente e assim permaneceu até o final da vida", ressalta padre Alexandre.


- Imaculada Conceição de Maria

Defende que a concepção de Maria foi realizada sem qualquer mancha de pecado original, no ventre da sua mãe. Dessa forma, ela foi preservada por Deus do pecado desde o primeiro momento da sua existência, como apontam as palavras do Anjo Gabriel - "sempre cheia de graça divina" - kecaritwmenh, em grego. Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Papa Pio IX na Constituição Ineffabilis Deus, em 8 de dezembro de 1854.

A festa da Imaculada Conceição de Maria é celebrada em 8 de Dezembro, definida inicialmente em 1476 pelo Papa Sixto IV. Também neste caso, muitos escritos dos Padres da Igreja já defendiam a Imaculada Conceição de Maria, pois era adequado que a Mãe do Cristo estivesse completamente livre do pecado para gerar o Filho de Deus.


- Assunção de Maria


Indica que a Virgem Maria, ao fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória dos céus. Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Papa Pio XII na Constituição Munificentissimus Deus, em 1º de novembro de 1950.

"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu", indica o Papa.

"É uma verdade em que a Igreja acredita desde os séculos 5 e 6, quando já havia uma celebração da então chamada Dormição de Maria", complementa padre Alexandre.


noticias.cancaonova.com - Padre, o senhor afirmou que os dogmas são uma bênção para o católico viver a sua fé. Mas há quem questione que os dogmas são apenas uma construção da Igreja ao longo da história. Frente a isso, quais são os principais fundamentos (bíblia, tradição, magistério) a que a Igreja se reporta para proclamar um dogma?

Padre Alexandre Awi de Mello - Em primeiro lugar, o fundamento de toda a verdade é a própria Sagrada Escritura, que contém as verdades fundamentais da fé e de onde se podem deduzir os dogmas e verdades que a Igreja foi acreditando ao longo dos séculos. Quem acredita são os fiéis e o que o Magistério faz é declarar o que já está na fé do povo. São verdades que são vivas, em primeiro lugar, na fé e na crença do povo cristão. Não é uma invenção da Igreja, mas a explicitação daquilo em que o povo já crê. Os primeiros fundamentos estão na Sagrada Escritura, pois cremos que Deus prometeu o Seu Espírito para guiar a Igreja, que vai confirmando as verdades de fé à medida que se aprofunda o seu conteúdo.

Logo no início da Igreja, toda a atenção estava voltada para Cristo, mas, desde muito cedo, também se pergunta sobre de onde veio esse Cristo, o que faz parte do próprio pensamento semita de perguntar sobre a identidade de alguém indo a sua origem. Assim, despertou-se o interesse para se saber de onde Ele veio, onde nasceu, e quem é aquela de onde veio o Cristo. No Evangelho de Lucas há muitos elementos - inclusive ele mesmo poderia ter perguntado isso à Mãe de Deus. E isso foi sendo transmitido ao longo da tradição da Igreja, essas verdades que foram sendo descobertas a respeito de Maria.

A própria Sagrada Escritura tem muitos desses fundamentos: basta citar as Bodas de Caná (Jo 2), que indica o poder intercessor de Maria, a possibilidade que o próprio Jesus lhe dá de interceder pelo bem dos fiéis. No final do texto aparece a menção de que, logo após o milagre das Bodas de Caná, os discípulos creram nele. Esse é o único interesse da intercessão de Maria: que os discípulos creiam n'Ele, no Seu filho, para fazer a vontade d'Ele. Então, se as pessoas, de alguma maneira, desprezam essa possibilidade que Deus está dando, quem tem a perder são elas próprias.

Dentro do plano de Deus, essa verdade é para a nossa salvação e está assegurada pela tradição e pelos 2000 anos de história da Igreja, que experimenta essa intercessão, esse exemplo e presença de Maria conduzindo a Jesus. Não acolher este dom, que o próprio Jesus deu aos pés da Cruz (cf. Jo 19, 25-27), é justamente perder uma verdade salvífica, um dom de salvação que o próprio Deus nos oferece.


noticias.cancaonova.com - O senhor faz parte do Movimento Apostólico de Schoenstatt, que prima muito pela devoção mariana. Por que podemos afirmar que essa devoção não faz o cristão se aproximar menos de Jesus, mas, ao contrário, auxilia no caminho de encontro com Cristo?

Padre Alexandre - Em primeiro lugar, pela própria experiência. Aqueles que conhecem pessoas que são verdadeiramente marianas, que têm um forte amor a Nossa Senhora, experimentam que o amor a Ela conduz mais fortemente ao coração de Jesus. Maria é aquela que ajuda a formar Cristo em nós, intercede junto a Deus e ao Espírito Santo para que se possa gerar, em nossa vida, a imagem de Jesus, nos fazer pequenos Jesus, como diz o fundador do nosso Movimento, o padre Joseph Kentenich.

Acreditamos que, quanto mais nos assemelhamos a Maria, mais temos condição de viver em união com Cristo. Essa é nossa experiência, como salienta São Luís Maria de Montfort - Maria é o caminho mais próximo, direto e imediato para encontrar-se com Jesus.

Na prática, quando as pessoas chegam à intimidade com Maria, não se dirigem a Ela por Ela mesma, mas para que possam chegar a Jesus. Pelo amor a Maria, pela vinculação a Ela, chegam a uma vinculação mais profunda e perfeita com Jesus. Porque imitar as atitudes e virtudes de Maria é fazer o que todo o cristão deve fazer, já que Ela foi pessoa mais próxima de Jesus, que mais aprendeu d'Ele.

Por outro lado, Jesus não quer um cristianismo cristomonista, exclusivo só para Ele. Na sua forma de atuar, Jesus sempre integra o número maior possível de pessoas, de mediadores, para chegar até Ele, que é Mediador com maiúscula por excelência. Por isso existem os sacramentos, os padres, a própria Igreja, Maria, os santos, e tantos outros mediadores com minúscula que conduzem ao Mediador com maiúscula, que é Jesus.

Essa é a forma de atuar de Deus, que quis agir na Sua Igreja e quer continuar atuando até hoje. Por isso, a vinculação a Maria leva a uma vinculação mais profunda com o próprio Cristo e com o Deus Trino.

Fonte: cancaonova.com

domingo, 4 de dezembro de 2011

Meu Coração e Minha Língua


Meu coração e minha língua fizeram um trato: quando meu coração estiver enfurecido, minha língua guardará silêncio.

As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às idéias.

A uma língua que responderá palavras violentas; e um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais.

Portanto cale-se quando seu coração não estiver sossegado e em calma; não diga.

Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.

Cuidado com suas palavras, ao mesmo tempo em que ela abençoa ela pode destruir...

Eii amados... tudo o que não vem de Deus que caia por terra em sua vida!!!

Lembre-se colheremos o que plantamos!!!

Evangelize!!!!

Fonte: padremarcelorossi.com

Tempo de advento - Mudar é preciso


A palavra “mudança” faz parte do calendário do tempo do Advento. Mudar do pior para o melhor, das práticas de morte para aquelas de vida. Este é o sentido verdadeiro do Natal, para o qual estamos caminhando, revigorando forças no perdão de Deus.

O itinerário leva em conta uma vida melhor, que depende de humildade, de testemunho pessoal como grandeza evangélica e de reconhecimento da bondade do Senhor da vida. Jesus nasce no Natal fazendo-se carne para resgatar a humanidade da morte.

Deus não quer a perdição de ninguém, mas diz que “mudar é preciso”. Não quer que estejamos mergulhados no mal. Por isso, o Natal pode transformar-se em tempo de salvação, de enraizamento na vida de Deus e de felicidade verdadeira.

A maior mudança é confirmada com o encorajamento e a renovação da confiança no amor de Deus. Isso ocasiona compromisso sério com o bem e a vida digna. É muito mais do que um Natal apenas de muitas festividades.

O Advento é um tempo de bênção para quem o vivencia. Ele pode nos encaminhar para novos horizontes, ajudar-nos a superar grandes barreiras e dificuldades, porque o Senhor vem ao encontro das pessoas, como o pastor que vai em busca das ovelhas.
Nascendo em Belém de Judá, Jesus resgata vidas ameaçadas e cuida das pessoas enfraquecidas e indefesas, porque Sua vida significa vida do povo. A libertação é para todos, é um Natal sem fronteiras, não só como momento histórico, mas como vida nova.

O nascimento de Jesus dá início a uma nova criação, a um coração e espírito novos e a presença do motivador da paz. Isso exige que celebremos o Natal de forma coerente com a fé cristã. No Menino do Natal a vida toma sentido na história humana.
Celebrar festas natalinas supõe fidelidade aos princípios da fé cristã e da confiança nos planos de Deus. Ele não quer a perdição de ninguém, mas mudança, chegando ao conhecimento da verdade, que é Ele mesmo. Isso supõe viver na santidade e justiça em busca do bem de todos.

2º Domingo do Advento - Evangelho (Marcos 1,1-8)

1Início do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
2Está escrito no Livro do profeta Isaías: “Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho. 3Esta é a voz daquele que grita no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!’”
4Foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados. 5Toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao seu encontro. Confessavam seus pecados e João os batizava no rio Jordão.
6João se vestia com uma pele de camelo e comia gafanhotos e mel do campo. 7E pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. 8Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Para entender a vida em Cristo


Para entender a vida nova em Cristo, tomemos o texto da Carta de São Paulo aos Romanos, capítulo 12. São Paulo nos exorta a nos oferecermos, sem reservas, sem medidas, a nos entregarmos a Deus. O grande problema é que nós nos oferecemos a Deus, mas impomos condições. O apóstolo dos gentios vai mais além, exortando-nos a oferecer os nossos corpos. Porém, às vezes, dizemos: "Senhor, eu te entrego meu coração", mas Deus nos quer de corpo inteiro. Ofereçamo-nos por inteiro como Nossa Senhora o fez. Quando Maria disse: "Eis aqui a escrava do Senhor", estava se oferecendo sem reservas ao Senhor, porque o escravo não tinha direitos, estava completamente na mão do seu dono, que tinha sobre ele o poder da vida e da morte.

Como Nossa Senhora, somos chamados hoje a dizer: "Senhor, eu sou teu escravo, eu me ofereço por inteiro de forma santa e agradável." Este é o verdadeiro culto espiritual a Deus. Oferecer-se como hóstia viva é a vida em Cristo.

A maturidade de uma vida em Cristo é conseguir viver, o quanto mais plenamente, as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Então, a maturidade na fé é crer, esperar e amar.

A meta e a busca, o ideal do cristão batizado é ser uma pessoa que crê, que espera e que ama. O grande problema é que perdemos o referencial, a impressão que temos é de que não existe um modelo a ser seguido, cada um cria o seu próprio modelo. Jesus deve ser nosso referencial de vida. Cristo é o homem maduro na fé, porque viveu na plenitude as virtudes teologais: Ele é o homem que crê, que espera e que ama.

Em nosso itinerário espiritual, essa é a referência, sempre partir desse ponto: eu quero, eu busco, eu almejo, eu tenho sede de ser uma pessoa que crê, que espera e que ama.

Contudo, mesmo a partir desse referencial, temos muita dificuldade para viver essa maturidade, por causa de algumas patologias espirituais, porque perdemos os senso do pecado, porque não nos oferecemos a Deus. No nosso itinerário espiritual, na nossa vida com Cristo, nós vamos com reservas, não nos jogamos, não nos lançamos, não entregamos tudo, por isso, não progredimos na fé.

Na nossa condição natural de ser humano, precisamos de Deus, temos uma sede de algo mais. No entanto, podemos perceber que alguns estão com a alma vazia, outros estão com a alma árida, outros estão com a alma sedenta.

O objetivo último do ser humano, na sua natureza, é Deus. A religião não é um ópio, não é alienação. O verdadeiro culto a Deus não engessa, não nos faz puritanos, não nos leva a uma patologia; pelo contrário, o verdadeiro culto a Deus nos potencializa, nos expande, nos transborda.

Com isso digo que, se há muita tristeza, desejo de suicídio, angústia, melancolia, neurose, pode ser algo emocional, mas com certeza é a ausência da água que dessedenta, que Jesus prometeu dizendo: "Quem beber dessa água não terá mais sede" (Jo 4, 14).

Então, estou afirmando que a maioria daqueles que se dizem iniciados na fé, que a maioria dos que comungam e se dizem cristãos, estão doentes na vida espiritual. Há tantas pessoas inseguras na fé, porque estão sentindo um vazio do tamanho de Deus. O vazio que sentimos só pode ser preenchido pelo Todo-poderoso.

Padre Reginaldo Manzotti

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Vamos hoje ofertar bons presentes?


Há bons presentes que podemos oferecer às pessoas e torná-las alegres e felizes, mas nenhum se compara a este: Pedir algo a Jesus por elas, como fez o oficial romano que pediu ao Senhor que curasse o seu empregado: “Senhor, o meu empregado está de cama, sofrendo terrivelmente com uma paralisia, Jesus respondeu: Vou curá-lo” (Mt 8,6-7).

Muitas vezes, encontramos as pessoas sorrindo e aparentemente bem, mas pode ser que interiormente estejam sofrendo terrivelmente a ponto de chorarem em silêncio.

Vamos hoje rezar por todas as pessoas que encontrarmos, sejam elas conhecidas ou não. Peçamos a Deus que as abençoe e as cure de todos os males.

Obrigada, Jesus, porque nos mostras o caminho da vida e nos ensina a viver de acordo com Tua vontade.

Jesus, eu confio em Vós!

Fonte: http://luziasantiago.com

domingo, 27 de novembro de 2011

1º Domingo do Advento - Evangelho (Marcos 13,33-37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando.
35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo.
37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

No Advento, cristãos se preparam para segunda vinda de Jesus


Neste domingo, 27, tem início o novo Ano Litúrgico, com a primeira semana do Advento, cujo nome significa "que está por vir". A Igreja convida os fiéis, neste tempo, a viverem a expectativa para o Natal, com esperança e vigilância.

O advento corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal e a liturgia deste período tem dois aspectos: nas duas primeiras semanas, acontece a preparação e reflexão para a segunda vinda gloriosa e definitiva de Jesus, e nas duas últimas, os fiéis são motivados a uma preparação especial para a celebração do nascimento de Jesus.

De acordo com o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, o Advento é "o tempo de alegria e de satisfação interior, da comoção e da harmonia, da ânsia fundamental, que caracterizam todos aqueles que esperam por algo importante e decisivo, e que têm certeza de que vai mudar a sua vida", destaca em seu artigo publicado pela arquidiocese.

O sacerdote do Instituto Missionário Servos de Jesus Salvador, conhecidos como Salvistas, padre Leão Pedro, ressalta também que neste período a Igreja convida os cristãos a viverem com maior afinco a participação em sua comunidade. "É um tempo de estar em comunhão com a Igreja. Cada fiel deve se preparar para viver esse tempo como uma noiva se prepara para receber o noivo, em atitude de continua oração", explica.

Nestes dias, até mesmo os sinais e enfeites utilizados nas igrejas e nas casas dos fiéis exteriorizam essa expectativa: a montagem da Árvore de Natal, do presépio, na liturgia se utiliza a cor roxa, não se canta o glória (guardando-o para a Noite de Natal), os instrumentos e as flores são usados com mais moderação, para não antecipar a grande festa do dia 25.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A superação de nossos problemas


Diante dos inesperados acontecimentos que surgem em nossas relações, aprendemos que, somente a partir deles, vamos crescer e amadurecer dentro de nossos relacionamentos.

É bom saber que crise alguma dura para sempre, tampouco é inédita. E para o nosso conforto, de alguma forma, sempre haverá perto de nós alguém que já tenha vivido uma história tão delicada quanto a nossa e, que tendo enfrentado situações semelhantes, apesar de toda dificuldade, naquele momento conseguiu encontrar soluções alternativas, fazendo dessa experiência uma lição de vida.

Assim, para aqueles que estão envoltos nos ventos das adversidades, fica a certeza de que também será possível vencê-las tomando como estímulo a história de superação de outras pessoas que passaram por provações. Isso não significa que os procedimentos que alguém tenha tomado para resolver um impasse seja exatamente o que precisaremos fazer.

As pessoas são diferentes, trazem hábitos e comportamentos próprios, dessa forma, aquelas atitudes que foram assumidas por outras pessoas poderão nos servir apenas como pistas para as alternativas que podemos optar diante do nosso problema. Contudo, conhecer outras histórias de superação nos enche da certeza de que também seremos capazes de vencer nossos obstáculos e dilemas que, por ora, enfrentamos nos desafios da nossa convivência.

Para essa retomada da esperança diante das adversidades, basta recobrar outros momentos de nossa história, quando, naquela ocasião, determinado problema nos parecia também não ter solução. Se as crises financeiras que atingiram alguns países os fizeram fortes após uma nova atitude e investidas para sair dos problemas; o mesmo acontece em nossas vidas, quando nos colocamos dispostos a viver o resgate dos laços dos nossos relacionamentos.

Lembremo-nos de alguns impasses que foram superados há 2 ou 3 anos… Quem sabe não encontremos outros que tenham sido recentemente superados. Para todos eles a solução comum para o problema foi a descoberta de que a resposta estava simplesmente no desejo de recomeçar.

Todas essas fases foram vencidas e, hoje, essas histórias fazem parte de mais um capítulo que vai compor o nosso filme autobiográfico das “causas superadas”. Talvez, no futuro, poucas pessoas venham a se interessar em assistir o nosso “filme”, mas as lembranças dos acontecimentos, os quais um dia foram superados, não permitirão que o desânimo nos faça desistir do propósito de viver um “longa-metragem” com quem escolhemos contracenar nesta vida.

Dado Moura ( cancaonova.com )

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora no Templo


A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:

"Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente".

A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

Cristo Rei


"Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente". Assim reza a Igreja na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Há um plano de Deus para o mundo, como o projeto de um artista, que quer elaborar sua obra prima. De fato, nada foi feito para ser destruído ou cancelado, mas tudo para a felicidade de todos os seres humanos. É privilégio para todos nós tomar consciência de que a criação de Deus chegou ao seu ponto mais alto quando, na descrição lindamente poética e verdadeira dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, foi no último dia que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança: inteligência, vontade e capacidade para amar! Imagem e semelhança da Trindade Santa, Deus que, desde toda a eternidade, é Pai e Filho e Espírito Santo.

Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o desígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: restaurar tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra. (Cf. Ef 1, 1-14). Todas as realidades humanas encontram em Cristo sua realização e seu aperfeiçoamento. A nós, homens e mulheres cristãos, cabe fazer tudo para que toda a criação se encontre em Cristo e nele se realize plenamente. De fato, toda a criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Cf. Rm 8, 19).

Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: "Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Cf. Mc 1, 14-15). Cristo é em primeiro lugar rei dos nossos corações e chama a uma mudança de mentalidade, conversão. Seu poder não se equipara aos de qualquer lugar do mundo ou época da história, mas supera todos eles e lhes dá a possibilidade de se transformarem em instrumento de serviço ao bem comum.

Chama-se "Reino de Deus" a paixão de Jesus Cristo, que perpassa o Evangelho, ilumina as parábolas "do Reino", contadas por ele, coloca-o diante dos poderes de seu tempo, com a força para dizer que não é do mundo o "seu" Reino (Jo 18, 36). Não é do mundo, mas atua e transforma o mundo! Este Reino não terá fim, e, já presente aqui e agora, chegará à sua plena manifestação quando Deus for tudo em todos! Para lá caminhamos, este é o nosso sonho, é o projeto que catalisa todos os esforços dos cristãos, para que sejam atuantes na história do mundo.

Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer. Quando existem homens e mulheres renovados no Espírito Santo, estes serão agentes de mudança, suscitando crescimento qualitativo no relacionamento ente as pessoas. Esta escolha abre estrada para a libertação das muitas amarras que escravizam as pessoas. Quem segue Jesus Cristo escolhe valores diferentes daqueles que comumente norteiam as ações de muitas pessoas. A Missa da Solenidade de Cristo Rei no-los descreve: "Reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz".

Tais pessoas servem à majestade de Deus. Ainda que as imagens dos palácios de todos os tempos possam influenciar na compreensão da expressão, trata-se, sim, de prostrar-se diante de Deus e servi-lo. E servir a Deus é reinar e transformar o relacionamento entre as pessoas. É sair do círculo vicioso da incansável luta pelo poder de todos os tempos. Só quando nos inclinamos diante do poder de Deus é que descobrimos a estrada da realização plena da humanidade. A glorificação eterna de Deus é meta e caminho. Sem escolher a Deus como Senhor de nossas vidas, os reinos que disputam dentro e em torno de nós continuarão a ganhar as porções de nossa dignidade e de nossa felicidade.

Venha a nós o vosso Reino! Vinde, Senhor Jesus!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Fonte: cancaonova.com

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Deus não vê Aparência


Sérgio, certo dia, quando voltava do trabalho dirigindo no trânsito bastante pesado, deparou-se com um senhor que dirigia apressadamente vinha cortando todo mundo e, quando se aproximou do carro de Sérgio, deu-lhe uma tremenda fechada, já que precisou atravessar para a outra pista.

Naquela hora, a vontade de Sérgio foi de xingá-lo e impedir sua passagem, mas logo pensou:

- Coitado! Se ele está tão nervoso e apressado assim...

Vai ver que está com um problema sério e precisando chegar logo ao seu destino.

Pensando assim, foi diminuindo a marcha e o deixou passar.

Chegando em casa, Sérgio recebeu a notícia que a sua sogra estava no hospital em estado grave.

Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua esposa veio ao seu encontro e o tranqüilizou dizendo:

- Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo.

Ela já está fora de perigo.

Sérgio, aliviado, pediu que sua esposa o levasse até o médico para agradecê-lo.

Quando chegou ao médico, levou um susto quando percebeu que o médico era aquele senhor apressado para o qual ele havia dado passagem!

Amados... Procure ver as pessoas além das aparências...

Imagine que por trás de uma atitude, existe uma história, um motivo...

Não julgue pelas aparências...e distribua amor onde estiver...

Tenha certeza que bênçãos serão derramadas em sua vida!!!

Evangelize...

Você é Especial !


Você já percebeu que só valorizamos mais a vida...

Quando perdemos algo que a gente ama?

Pois preste atenção! Quando perdemos um ente querido.

Muitas vezes ficamos a meditar. Poxa!

Eu poderia ter dito a ele, muitas outras vezes que o amava.

O quanto ele era importante para mim.

Mas ao contrário disso, muitas vezes nos retraímos, deixando o tempo passar, e só depois de uma fatalidade, é que vamos dar valor ao que perdemos.

Quando na verdade, temos todo o tempo para dizer aos pais, aos amigos, aos nossos companheiros, aos nossos filhos o quanto o amamos e o quanto eles são importantes em nossas vidas.

Mas na maioria das vezes tiramos tempo para coisas tão banais.

E para aquela pessoa tão importante em nossa vida, nós simplesmente deixamos pra depois.

Pois é aí que mora o perigo, talvez não tenhamos mais a oportunidade de poder dizer a esta pessoa "Eu te amo".

Você é muito especial para mim!

Então antes que seja tarde!

Faça a tarefa do dia, assim que você acordar pela manhã, olhe para a pessoa que está do seu lado, abra um sorriso e diga "Eu te amo".

Diga a sua família, aos seus amigos, não fique esperando que eles tomem iniciativa para demonstrar o quanto te ama.

Faça a sua parte, com certeza eles serão os próximos a dizer o quanto você é importante.

Então, hoje você já disse a alguém que você a ama? Não?

Então diga a pessoa mais próxima a você, diga a ela "Você é muito especial para mim".

E você que acabou de ler este texto:

Eu digo a você também!

"Você é muito especial! Te amo em Cristo! Que Deus te abençoe!".

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um verdadeiro testemunho de conversão e santidade


"Os discípulos de Cristo revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade" (Ef 4,24). "Livres da mentira (Ef 4,25), devem rejeitar toda a maldade, toda a mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja e maledicência" (1Pd 2,1) (CIC 2475).

O homem novo em Jesus Cristo não é aquele que por Ele foi salvo, pois a salvação de Jesus é para todos, mas é aquele que, ao encontrar-se com o Senhor se reconhece como fraco e que depende de Jesus. O homem novo em Cristo é aquele que não deixa de sentir os impulsos da carne, mas sabe que o que é meramente carnal passa, por isso vai em busca das coisas do alto, das coisas de Deus. Sabe que precisa de algo que o mantenha vivo e o leve para a vida eterna, e este algo só pode ser Deus.
O homem novo não elimina o homem velho, mas o enfraquece; o homem novo, naturalmente falando, é mais forte, por isso, quanto mais usado, melhor para que o velho se enfraqueça cada vez mais.
A questão é que o velho é mais experiente nas coisas do mundo em que vivemos, principalmente em se tratando dos prazeres mundanos, por isso grita dentro de nós, enquanto que o novo fala baixinho.

Pode-se dizer que a pessoa humana possui o desejo, a vontade e a liberdade. Neste caso, o desejo carnal seria a nossa concupiscência, a vontade seria a consciência, e a liberdade seria a ação. A concupiscência deseja algo, a consciência sabe o que é bom e o que não é. A liberdade seria justamente a ação feita para cada um dos lados. Aqui entra justamente o uso da liberdade de uma pessoa nova em Jesus e outra que ainda não deixa o novo agir.
O ponto é justamente o encontro pessoal com Jesus que leva a pessoa a uma verdadeira contrição e um real desejo de mudança, de vida nova em Jesus. Mas o que seria esse encontro pessoal com Jesus?

O Evangelho traz inúmeros encontros pessoais com o Senhor. Zaquel, Bartimeu, Maria Madalena, a própria profissão de fé de Pedro é prova disso. Todos estes encontros e muitos outros só aconteceram por causa de um reconhecimento do Senhorio de Jesus, ou seja, eles dependiam de Deus, pois eram fracos; e o melhor, reconheceram-se fracos. O próprio Paulo, de perseguidor, passou a defensor de Jesus e dos cristãos.
O nosso homem novo em Jesus precisa ser fortalecido com os encontros pessoais com Ele. Na oração pessoal, na conversa com Jesus, na confissão, na Eucaristia.

Todos estes e muitos outros são e devem ser encontros pessoais com Jesus, mas todos devem acontecer não somente como um cumprimento de tabela, mas com um verdadeiro reconhecimento de que o homem depende de Deus, precisa d'Ele.
Nada disso é impossível, pois, como vimos, o homem foi criado pouco abaixo de Deus (cf. Sl 8,6) e, por isso, já temos a graça que é a vontade de Deus. A verdadeira conversão só se dará quando o homem, mesmo sabendo que é um ser livre, dotado de inteligência e vontade, reconhecer-se dependente de Deus, pois só Ele pode enchê-lo. Deus é eterno e todo o resto um dia vai passar.

Como diz o catecismo, "livres da mentira, devem rejeitar toda a maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja e maledicência”, pois, como está no Gênesis, "Deus viu que tudo que havia criado era bom" (Gn 1,30), inclusive o homem e a mulher.

O encontro pessoal com Jesus acontece não de forma estabelecida pelo homem, mas por Deus. O papel do homem é aceitar concretamente a sua condição de criatura dependente, até mesmo de fraco diante da grandiosa presença de Deus, e querer se encontrar com Jesus.
Deus é muito simples e quer se relacionar com cada pessoa humana. Cabe à pessoa querer relacionar-se com Ele através de sua vida, sendo um verdadeiro testemunho de conversão e santidade.

Padre Anderson Marçal

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Qual o significado do dia de finados na tradição cristã?


2 de novembro, dia dos fiéis defuntos. Para a Igreja católica não trata-se de um feriado qualquer, mas de uma oportunidade de rezarmos pelos entes queridos que buscam a plenitude da vida diante da face de Deus. Desde os primeiros séculos, os cristãos já visitavam os túmulos dos mártires para rezar por eles e por todos aqueles que um dia fizeram parte da comunidade primitiva. No século XIII, o dia dos fiéis defuntos passou a ser celebrado em 2 de novembro, já que no dia 1 de novembro era comemorada a solenidade de todos os santos.

A Igreja sempre celebra aquilo que provém de uma tradição, daquilo que é fruto de uma experiência de fé no seio da comunidade cristã. O professor de teologia da vida consagrada no Instituto Regional para a Formação Presbiteral do Regional Norte 2, Frei Ribamar Gomes de Souza, explicou que Santo Isidório de Servilha chegou a apontar que o fato de oferecer sufrágios e orações pelos mortos é um costume tão antigo na Igreja que pode ter sido ensinado pelos apóstolos. O Frei salienta ainda qual o significado do dia de finados, que para o Catolicismo é uma data tão importante.

"A comemoração de todos os fiéis falecidos evidencia a única Igreja de Cristo como: peregrina, purgativa e triunfante que celebra o mistério pascal", disse.

O Frei também explica a esperança que deve brotar no coração dos cristãos, os quais são convidados a não parar na morte, mas enxerga-la na perspectiva da ressurreição de Cristo.

”Às vezes olhamos a nossa vida numa perspectiva de uma tumba que será fechada com a terra e com uma pedra em cima, mas para nós cristãos, Cristo está diante dessa pedra ele que é a Ressurreição e a vida. Ele olha através da pedra e ver a cada um de nós", salientou.

Dia de finados e purgatório.

O purgatório que faz parte da doutrina escatológica da Igreja é a condição de purificação que as almas devem passar para apresentarem-se sem mancha diante de Deus. Ao contrário do que se pensa, não trata-se de um castigo, mas de uma intervenção da misericórdia de Deus. A doutrina do Purgatório veio definida no segundo Concílio de Lion em 1274. Frei Ribamar Gomes explica que este dia serve para rezarmos preferencialmente pelas almas dos purgatório, as quais precisam de purificação para adentrarem no Paraíso.

"O purgatório nos transforma na figura sem mancha, ou seja, no verdadeiro recipiente da eterna alegria. No purgatório a alegria do encontro com Deus que acontecerá, supera a dor e o sofrimento. Só não acredita no purgatório quem duvida da misericórdia de Deus. o verdadeiro significado do dia de finados só pode ser encontrado no amor de Deus".

Fonte: cancaonova.com

"Quem vê esperança na morte, vive uma vida de esperança", diz Papa Bento XV em Roma


O Papa Bento XVI dedicou a catequese desta quarta-feira, 02, ao dia de finados, oferecendo a todos os fiéis uma explicação sobre o significado deste dia e sobre a esperança que deve brotar no coração dos cristãos diante da morte.

"Caros amigos, a solenidade de todos os santos e a comemoração de todos os fiéis defuntos nos dizem que somente quem pode reconhecer uma grande esperança na morte, pode tamném viver uma vida a partir da esperança", afirmou.

O Santo Padre falou sobre a visita aos cemitérios que caracteriza a comemoração dos fiéis defuntos, destacando que este gesto deve levar os fiéis a traçarem um caminho de renovada esperança na vida eterna.

"A estrada da morte, na realidade, é uma vida de esperança e, percorrer os nossos cemitérios, como também ler aquilo que está escrito sobre as tumbas, é cumprir um caminho marcado pela esperança na eternidade", destacou

O papa também abordou questões relativas ao medo da morte e sobre os riscos que provém do desejo de procurar respostas diante da vida após a morte.

"Hoje o mundo se tornou, ao menos aparentemente muito mais racional, ou melhor, se difundiu a tendência de pensar que todas as realidades devem ser afrontadas com os critérios da ciência experimental (...) Deste modo, nem se dá conta que deste modo pode-se cair em formas de espiritismo, na tentativa de contato com o mundo além da morte", exortou.

Bento XVI diante dos túmulos dos Papas

Às 18h no horário de Roma (15h no horário de Brasília), Bento XVI se dirigirá à cripta dos papas, que fica localizada no subsolo da Basílica Vaticana, onde fará um breve momento de oração por todos os defuntos diantes dos túmulos dos vários papas que estão enterrados no local.

Fonte: cancaonova.com

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão


Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão, nasceu no dia 10 de Maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo.

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política.

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas.

Em 1760 ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo.

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição.

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento".

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os Sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura, ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis.

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado.

Frei Galvão é o religioso no qual o coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades".

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Deus nas pequenas coisas


Pequenas e grandes maneiras...
Um homem, passeando pelo bosque, sussurrou:
- Deus, fale comigo...
E um passarinho cantou...
Mas o homem não ouviu...

Então, o homem gritou:
- Deus, fale comigo...
Mas o homem não notou...
E trovões e raios apareceram no céu...

O homem olhou em volta e disse:
- Deus, deixe-me ver o Senhor...
Mas o homem não percebeu...
E estrelas brilhantes apareceram...

O homem gritou:
- Deus, mostre-me um milagre...
E o homem não reparou...
E uma criança nasceu...

Então o homem clamou em desespero:
- Toque-me, Deus. Deixe-me saber que o Senhor está aqui...
Mas o homem a espantou...
E uma borboleta pousou no seu ombro...

Isso é um grande ensinamento de que Deus está sempre a nossa volta, nas coisas que nem imaginamos...
Nas pequenas e simples, como nas grandes também...

Não perca as bênçãos simplesmente por que elas não estão "embrulhadas" de maneira como você esperava...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

São Lucas - 18/10


Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas. Uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades, de formação literária e de profundo sentido artístico divino. Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucas e na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos. No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o "bom" ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição - que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI - diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, "médico queridíssimo". Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que "Lucas é o único companheiro" na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: "Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz". É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): "Saúda-vos Lucas, nosso querido médico".

São Lucas, rogai por nós!